The Rambling Guitarist (1959) de Buichi Saito: 0
The Rambler Rides Again (1960) de Buichi Saito: *
Muito datados são estes filmes desinteressantes de Buichi Saito que contam com alguma inexperiência de Akira Kobayashi, desta feita, interpretando sempre um forasteiro que acaba por livrar pobres indefesas (Ruriko Asaoka, como sempre) da exploração de malignos e ambiciosos capitalistas. Contamos com a rivalidade saudável de Joe Shishido em circunstâncias ainda distantes dos seus melhores papeis. São filmes repetitivos no pior sentido, isto é, que não conseguem reinventar os motivos da própria repetição.
Young Boss Takeshi (1965) de Kazuo Ikehiro: **
Aposta demasiado nos lugares comuns do género, nunca conseguindo sair de uma morna e já vista concepção narrativa, ainda tendo um ou outro plano mais conseguido (mas não seria de esperar menos de Ikehiro, o esteta Daiei) e duas boas interpretações, Kei Sato e Raizo Ichikawa.
A Lively Geisha (1968) de Kosaku Yamashita: *
Nem Bunta Sugawara nem Sumiko Fuji salvam este ninkyo de geishas (em que a honra masculina é substituida pelo facto de a personagem principal não poder oferecer a sua pureza aos clientes que a desejam) de ser uma experiência um tanto ou quanto bizarra.
Delinquent Girl - Alleycat in Heat (1973) de Chusei Sone: ***
Um roman-porno do grande Sone que replica um feeling atípico, mas que era comum nestas produções, de alguma desconexão dos personagens e das suas acções, tornando a vida desses personagens algo própria do submundo, algo no limite do surreal. Algo que não seria susceptível de se filmar se não se apresentasse de maneira algo forasteira e dormente.
A Dangerous Chase (1976) de Jun'ya Sato: ***
Aqui temos um filme que iniciou uma quantidade de lugares-comuns do género, mas curiosamente, se apresenta, mesmo aos olhos de um habitante futuro como algo refrescante e entretido de se ver. O par Yoshio Harada e Ken Takakura funciona muitíssimo melhor do que o esperado, e mesmo a longa duração nunca fez toda a empreitada esmorecer.
Shinjuku Messy District - I'll be There (1977) de Chusei Sone: ****
Este é daqueles roman-porno que constantemente fazem que o olhar do desejo se olhe num jogo de espelhos referênciais à profissão do argumentista ou realizador. Isto, juntando ao retrato agudo da noite amarga de Shinjuku proporciona uma experiência bastante satisfatória mas, muitas vezes, violenta e dura, pouco agradável de se ver. Agradecemos a Sone pela coragem.
Zoom In: Rape Apartments (1980) de Naosuke Kurosawa: ***
Tinha muita curiosidade em ver no que dava esta primeira obra de Naosuke Kurosawa. Tratou-se de uma narrativa que, jogando pelo seguro com uma certa previsibilidade, se muta numa coisa extrema lá para o final, transformando uma intriga sem grande interesse numa neurótica e esquizofrénica linguagem cinematográfica.
Rain of Light (2001) de Banmei Takahashi: ***
Se United Red Army tentava ser o maximamente realista na documentação da cronologia do Exército Vermelho Unido e do caso do Monte Asama, este filme anterior do discípulo de Wakamatsu, Banmei Takahashi, dá espaço para outros intentos se levantarem e pode-se mesmo dizer que aqui o que interessa é um diálogo entre passado e presente, tendo em conta que o filme é o medium que consegue juntar os tempos e proporcionar uma nova consideração dos seus intervenientes e espectadores.
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