08/10/15

Fragmentos de 2015/10/08



Flower and Storm and Gang (1961) de Teruo Ishii: ***
Após quatro anos na Shintoho, que lhe valeram quase duas dezenas de películas, Teruo Ishii viajava para a Toei mas continuava profundamente influenciado pelo filme noir americano como se pode comprovar quando em Flower and Storm and Gang os tons jazzísticos invadem a trilha sonora da película e os signos do Japão tradicional parecem ter deixado de existir: chapéus de gangster, pistolas em vez de espadas, um cartaz de Frank Sinatra num apartamento nova-iorquino a substituir o shoji clássico entre outros tantos sinais óbvios de ocidentalização. Com efeito, a primeira película de Ishii no estúdio apenas fundado em 1957 foi um sucesso e trouxe-nos um Ken Takakura completamente diferente dos papeis que mais tarde viria a desempenhar, ou seja, contrários à rigidez moral do yakuza arquétipo dos ninkyo. Não é que Smile, a sua personagem também com cognome americano, seja um vilão ou até um anti-herói, mas a sua representação muito ligada a uma despreocupação e liberdade de movimentos fornece-nos uma imagem do artista enquanto jovem que é mais do que mera curiosidade. Mesmo quando o assalto ao banco não corre de feição, Takakura parece estar sempre com a situação sob controlo e todos os seus companheiros (os que o traem com a mesma facilidade com que se aliaram) afinam pelo mesmo diapasão. Sempre cool como se nada os abalasse. Talvez Teruo Ishii já tivesse desde muito cedo a intuição certeira que o filme japonês não poderia comportar tais atitudes se não se banhasse nessa estética exportada de filme noir que, por sua vez, transfigurava a identidade e os símbolos nacionais num híbrido moderno entre Tóquio e Chicago. Onze películas da saga Gang foram feitas de 1961 a 1967 e foi Flower and Storm and Gang com a sua despretensão que começou tudo. 



Three Young Samurai (1961) de Kazuo Mori: **
Esta dramatização do Período Sengoku tem, nos jogos relacionais entre figura e fundo, muito em comum com a rarefacção paisagística que encontrámos numa outra película de Kazuo Mori, Advance Patrol. Ambas as obras, a despeito da diferença de época, descrevem cenários contagiados pela aridez da guerra: décors despidos, postos de vigília improvisados e toda a imensidão de terra desocupada que funciona como palco de confrontos a céu aberto onde a habitação (o amor) se torna uma impossibilidade. Se Advance Patrol relatava o processo de organização colectiva que a situação bélica obriga (ao ponto de nunca eleger um protagonista isolado, como se todos os intervenientes fossem membros de uma só entidade), Three Young Samurai decide apropriar-se do fim de três amizades para descrever o retorno retorcido à individualidade, sempre exigida quando a derrota acontece e outras novas guerras se avizinham. Desta forma, a componente mais interessante do filme de Kazuo Mori poderá ser, não os romances e traições algo insuficientes que se vão estabelecendo entre personagens, mas a perspectiva nada redentora da desunião de um pelotão entregue à fatalidade de si mesmo. Assim, duas obras tão semelhantes no fundo acabam por ser a antítese uma da outra nas figuras que elegem.



Tokoku Kitamura - My Winter Song (1977) de Seiichiro Yamaguchi: ****
É costume haver desconhecimento em relação aos "estragos" que o Hachiro Guryu (o "Grupo de Oito" argumentistas que planeou Branded to Kill) viria a fazer na era do pink e do roman-porno. Seiichiro Yamaguchi, que escreveu essa película maldita em 67 juntamente com outros futuros realizadores (Chusei Sone, Atsushi Yamatoya), ultrapassaria os problemas institucionais do mestre Seijun Suzuki e acabaria detido pela polícia, acusado de obscenidade devido ao seu filme Love Hunter em 1972. O julgamento arrastou-se durante anos e, enquanto aguardava pelo veredicto, Yamaguchi inclusivamente chegou a realizar uma sequela do filme proibido, contando a história de uma dançarina que era, como ele, acusada pelas autoridades de lascívia, o que criava uma auto-referencialidade indesejada pela indústria erótica dentro da Nikkatsu que rapidamente o saneou. Face a este impedimento de filmar pela via tradicional, a dos estúdios, e antes de cair na obscuridade total, o realizador dirigiu-se à Art Theatre Guild para produzir aquela que viria a ser a sua terceira e última obra, uma biografia do escritor romântico Tokoku Kitamura. Basta conhecer um pouco o espírito ATG para desconfiarmos do conceito asseado de filme biográfico e não nos fiarmos nas aparências que nos prometiam uma obra mais clássica do que as outras. Quer porque o pronome possessivo do título evoca o autor fora do filme e não o escritor dentro dele, quer porque My Winter Song obsessivamente se foca no declínio da sanidade do seu protagonista num momento em que todos os companheiros parecem abandoná-lo, parece haver uma correlação directa entre o isolamento de Yamaguchi, o seu "inverno" artístico, e a depressão alucinada de Kitamura. Seria curioso estabelecer um paralelo entre a Trilogia Taisho de Seijun Suzuki, composta por Zigeunerweisen, Kagero-za, Yumeji e este Winter Song: ambos os projectos são exercícios fantasmagóricos sem fantasmas, ou seja, onde os humanos são enquadrados num universo decrépito à beira da eclipsação, como se pertencessem a uma era de ouro em extinção que continua fazendo valer-se pela sua negação constante, tal e qual como os espectros. Assim, Tokoku Kitamura, o escritor de uma geração, ao recordar e ser recordado dos seus amores e da sua actividade de rebeldia política, refuta as suas origens e até o mundo que quer pertencer a todo o custo, a literatura. Através de acessos de autêntica substituição de personalidade, Kitamura chegará então a renegar a arte que escolheu para transmitir a sua mensagem, dando passos cada vez maiores para o fim biográfico que conhecemos, isto é, o seu suicídio com apenas 25 anos. Mas a sequência final, consagrada a esse facto histórico inultrapassável, nunca chega a ser representada (quanto muito é subentendida) e é, antes, substituída por um estranho grito de Kitamura para o vento que é muito mais uma declaração de intenções do seu metteur en scène: "Eu ainda estou vivo".



Kabamaru - The Ninja Boy (1983) de Norifumi Suzuki: ***
Norifumi Suzuki fez de tudo no seu tempo: pinky violences estilizados na Toei, um roman-porno diabólico na Nikkatsu, uma quantidade de comédias tresloucadas e até chegou a mergulhar no filme de artes marciais, trazendo para o contexto japonês aquilo que vinha de oeste, de Hong Kong. Kabamaru - The Ninja Boy pertence a uma tendência tardia do realizador em misturar a comédia sem tino com a exuberância dos ginastas e lutadores do clube de Sonny Chiba, um dos primeiros, senão o primeiro, actor japonês a prescindir de duplos nas cenas de acção e que tem aqui uma cameo bastante engraçada. A história de um ninja sem modos que viaja para a grande cidade depois de assistir à morte do avô que queria derrotar, faz uso das capacidades hiperbólicas da linguagem anime (pois a origem de Kabamaru vem exactamente daí) para colorir um mundo absurdo simultaneamente entretido e inconcebível, divertido e disparatado. Desde a voracidade culinária do nosso protagonista, típica de menino selvagem capaz de trocar tudo por uns yakisoba, passando pela surpresa dos dotes andróginos de Hiroyuki Sanada (em linguagem manga diríamos bishonen) e terminando na meta-referencialidade de certas sequências, como aquela hilariante que torna os estúdios de cinema do Toei Kyoto Studio Park num campo de batalha onde prática e paródia de cinema se confundem, provam que este The Ninja Boy não é nenhuma obra-prima, mas a sua extroversão contagiante aproxima-a de um genuíno guilty-pleasure como só os loucos anos 80 conseguiram produzir.



No More God, No More Love (1985) de Toru Murakawa: **
A obsessão de Toru Murakawa pelo arquétipo do anti-herói prossegue nesta misturada confusa entre cinema de género, filme romântico com contornos eróticos e descrição da ascensão e queda de um guarda-costas saído da prisão. Desequilibrado por não conseguir estabelecer convenientemente o seu tom, passando de cenas foleiras de amor a execuções sumárias de personagens, No More God, No More Love consegue ainda surpreender pelo carácter completamente detestável do seu protagonista, uma espécie de psicopata bem parecido com uma ambição desmedida e flutuações de humor e desejo imprevisíveis, até para ele próprio. Quando Murakawa pretende humanizá-lo, através de um amor puro que perde en passant pela dispersão de coisas que vão acontecendo, contradiz os comportamentos ambiciosos e questionáveis antes descritos e tomados como absoluta marca de personalidade. Sem dúvida, o mais interessante aqui é a maneira como o filme cria para si próprio um beco sem saída onde mais uma vez resulta incomportável qualquer lógica. Dos assassinatos à ruína monótona que chega com a prosperidade, No More God, No More Love vive do isolamento das suas cenas e não necessariamente com a conjugação entre elas.



The West Tako Cheerleaders (1987) de Izo Hashimoto: **
No seguimento da série Be-bop High School rodada para a Toei em meados da década de 80, The West Tako Cheerleaders também é uma produção dos mesmos anos cujos personagens, estudantes do secundário, andam à pancada uns com os outros numa procura incessante por fixar aquilo que define a masculinidade. Assim se comprova pela primeira cena, uma espécie de sonho molhado do nosso herói onde se fantasia com as silhuetas do grupo de suporte militar da escola a descer por uma ravina com o sol posto e bandeiras ao vento. O franzino protagonista que só vive com a mãe e as três irmãs deseja ardentemente ser um homem a sério. e por isso olha com veneração para os colegas que, para além de personificarem uma atitude militar (sempre preparada para a guerra) são os verdadeiros homens que ele quer tornar-se. Escusado será dizer que Izo Hashimoto ridiculariza e compactua ao mesmo tempo (o que é estranho) com este travestismo dos fetiches da direita japonesa, fabricando uma comédia que é um objecto cultural curioso, mesmo quando lá para o meio a intriga se acirra e nos seja pedido que levemos um pouco mais a sério este paradigma divertido do homem autêntico que é, todavia, capaz de contradizer a rigidez da postura, dançar e dar show numa discoteca. Espadas de kendo, espadas por desembainhar, dinamites e explosões, não ficar com a rapariga no final para ficar com os companheiros: tudo isto são os "ossos do ofício" dos homens à antiga.



Au revoir l'Été (2013) de Koji Fukada: ***
Tornou-se impossível escrever alguma coisa sobre Au Revoir L'Été sem fazer referência a Éric Rohmer. Qualquer crítica, ou até entrevista ao realizador, insistentemente ressuscita o legado do cineasta francês numa tentativa sempre questionável de contextualizar outras cinematografias mais longínquas naquelas que nos são mais familiares. Contextualizações (ou domesticações) à parte, fica por saber se Koji Fukada realmente deve assim tanto a Rohmer (numa entrevista, porém, chega a compará-lo a uma sombra que está sempre atrás dele) e se mesmo a adopção de um título francófono, uma escolha que partiu dos produtores que toparam, eles próprios, os francesismos evidentes, não foi uma bela jogada de marketing num país onde a França ajuda a vender pois é sinónimo certo de requinte e luxo. Na segunda longa-metragem de Koji Fukada continua a existir uma naturalidade de assinalar que não é nada alheia a tantas coisas que se fizeram fora do domínio Rohmer. Talvez a leveza e despretensão da câmara nos evoque um cinema interessado em cruzar a ficção com os ritmos verossímeis do real e, por uma razão ou outra, sejamos levados a esquecer que os japoneses sempre foram mestres dessa arte. Perpassado por um sentimento veranil justificado pela narrativa, repleta de encontros e "deslocações" (a recém adulta Sakuko que visita a cidade da tia nas férias), Au Revoir L'Été possui também esse sentimento fugaz da experiência temporária, destinada a ser como um intervalo que acaba sem nós próprios nos apercebermos. Todos os habitantes que nos surgem e que povoarão o olhar da adolescente algo passiva estão sujeitos ao crivo da descoberta, como se a câmara nos revelasse, aos poucos e poucos, as suas naturezas, mas sempre vistas na relação uns com os outros. Não me lembro de nenhum plano em que o isolamento de um personagem não passasse logo pela entrada em cena de outro que ou o observa (como acontece no plano mágico em que Sakuko molha os pés na água em frente da timidez fascinada do rapaz, Takashi) ou reage, positiva ou negativamente, ao carácter desvendado (veja-se a hipocrisia do professor de literatura). Nessa interacção é exigido que leiamos os pequenos sinais das atitudes (o que prova um minucioso trabalho de representação), contando sempre com aquilo que não foi dito, mas sugerido no tom, na linguagem corporal, etc. Fukada parece estar igualmente interessado em captar uma certa realidade actual da sociedade japonesa (note-se a referência à situação de Fukushima) sem fazer teses abstractas ou defesas acaloradas da sua posição. Nesse acto do realizador que se apaga e dá a palavra aos sujeitos que filma, podemos ficar, paradoxalmente, mais atentos ao que o rodeia numa forma de apreender o mundo que é mais discreta mas não menos próxima de uma experiência directa de contacto.



Strobe Edge (2015) de Ryuichi Hiroki: 0
Ninako ama Ren que ama uma modelo mais velha. Takumi ama Ninako que continua a amar Ren, mesmo sabendo que este está comprometido. Takumi amava Mao que também tinha sentimentos por Ren e por causa disso a relação entre os dois amigos nunca mais foi a mesma. Para esta telenovela replicar a estrutura do poema "Quadrilha" de Carlos Drummond de Andrade faltaria um personagem desafectado que não amava ninguém mas casaria no final enquanto todos os outros ficavam de mãos a abanar, vítimas do rendilhado amoroso em que tinham participado involuntariamente. Na verdade, Strobe Edge mostra-se incapaz de ir para além da mais corriqueira intriga entre adolescentes, repetindo, uma e outra vez, cenas de ciúmes, problemas, mal-entendidos advindos de triângulos amorosos e confissões de amor que nos reenviam a vergonha alheia de muita imaturidade das nossas e outras vidas que preferimos olvidar (ou recalcar). Talvez o maior obstáculo para se retirar qualquer coisa daqui seja ainda outro: o facto de Ryuichi Hiroki não ter quase nada para mostrar que não seja este "jogo das cadeiras" sentimental que se consubstancia apenas num interesse coscuvilheiro de saber quem vai "acabar" com quem e quem vai ficar com quem. Os personagens simplesmente não existem fora do romance, portanto é-nos impossível estabelecer uma relação com eles fora das contingências amorosas e das confissões atrapalhadas. Sabemos que não devemos pedir a um filme baseado num manga que seja Shakespeare, porém não é fácil aguentar com este lirismo adolescente que nos faz ver constrangimento onde era suposto ver beleza.



The Curtain Rises (2015) de Katsuyuki Motohiro: ***
Existe um género relativamente recente no cinema japonês que consiste naquilo que costumamos descrever como "uma juventude, um interesse". Na verdade, este "interesse" de que falamos é produto do sistema educacional nipónico que não só obriga desde muito cedo a inscrição em actividades extra-curriculares, organizadas numa variedade inacreditável de "clubes" oferecidos pelas escolas, como é esperado que o empenho nessa ocupação seja o mesmo do que em qualquer outra disciplina. Por isso, não é nada estranho que exista um rol impressionante de películas onde a juventude é forçada a organizar-se em virtude de um ofício e consequente competição que terá de disputar, muitas vezes auxiliada por um mentor excêntrico: natação (Waterboys), volleyball (Oppai Volleyball), baseball (Gyakkyo Nine), ping pong (Ping Pong), futebol (Shoot!), a lista é infindável e continua. Há, porém, um sub-género deste género que incide sobre um grupo de protagonistas femininas e na maior parte dos casos esses filmes são menos cómicos, menos joviais e mais interessados em captar um certo espírito nostálgico, irrecuperável dos anos de secundário. Swing Girls e Linda Linda Linda, por exemplo, não eram memoráveis pela associação à música (no primeiro caso, uma brass band de jazz, no segundo um grupo de pop rock), mas antes pelo modo realístico como construiam raparigas com personalidade, prescindindo completamente dos namoricos e quejandos. Schoolgirl Complex e Cherry Orchard, duas películas que abraçam a representação escolar (a radialista em Complex, a teatral em Cherry) eram exercícios arrojados onde um certo cariz homoerótico emergia do contacto exclusivo entre estudantes de "all girls schools". O novo filme de Katsuyuki Motohiro, famoso pela saga ultra-comercial Bayside Shakedown, vem na senda destas produções e volta a buscar a arte dramática para documentar as peripécias de um clube de teatro feminino de segunda que encontra fortuitamente uma nova professora que em tempos tinha sido uma diva da representação escolar. Não há aqui nada de inovador, a começar pela relação com a mentora que modifica comportamentos e hipoteticamente levará as alunas à vitória do torneio nacional de representação, porém não é difícil elogiar as prestações das actrizes (a representar as dificuldades de ensaio), tão naturais, tão palpáveis que chegamos a duvidar a existência da câmara. The Curtain Rises interessa-se por tudo aquilo que não é o sucesso estrito. Podemos dizer que a competitividade aqui apresentadas é uma mera desculpa para o grupo dramático continuar a existir e, juntas, as colegas conseguirem perpetuar o sonho da juventude que lhes (e nos) escapa por entre os dedos. Inofensivo e charmoso.



Kabukicho Love Hotel (2015) de Ryuichi Hiroki: ***
Comparar Strobe Edge a Kabukicho Love Hotel, dois filmes lançados no mesmo ano por Ryuichi Hiroki, revela-se uma tarefa difícil, pois de maneira alguma parecem ter sido obra do mesmo realizador. A primeira película insuflada de uma energia juvenil, até na montagem que chega a dividir o ecrã ao meio para juntar os pombinhos, nada tem que ver com o mergulho da segunda na vida noturna de Shinjuku, especialmente quando é usado um registo quase documental na representação das ruas de Kabukicho que não escondem as casas de massagem duvidosas, os bares de hosts e hostesses e os famigerados hotéis do amor. A narrativa está especialmente atenta à multiplicidade de histórias que se concentram num desses típicos love hotel onde as relações sexuais raramente têm a ver com amor (como o nome muito inocentemente indica), mas com negócios obscuros, trocas de favores, prostituição encapuzada (pois ela é ilegal no Japão) e até filmagem das infames produções AV (literalmente traduzido por adult-video). O jovem e cada vez mais respeitado Shota Sometani faz de intérprete neste verdadeiro albergue espanhol em que as vidas duplas ficam a nu e todos os personagens se confrontam com qualquer coisa ligada à corrupção. Volto a chamar à atenção para as qualidades da câmara de Hiroki que capta com dotes de pintor da vida moderna a energia fascinante do maior bairro vermelho de Tóquio enquanto nunca deixa de mostrar retratos bastante emotivos de vidas marginais (ninguém está nessa indústria por prazer). Tirando um ou outro pormenor como por exemplo a música completamente desfasada da disposição do filme, Kabukicho Love Hotel é um sólido mosaico de personagens sendo que a interferência entre elas vale até mais do que cada uma, isoladamente. 

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